
Com a chegada do período de entrega do Imposto de Renda, expatriados podem ter dúvidas sobre como e se precisam realizar a entrega da declaração. Mas como este expatriado pode lidar com a declaração do Imposto de Renda sem correr riscos junto ao fisco? Descubra neste artigo.
O que o expatriado precisa prestar atenção?
O termo “expatriado” se refere à pessoa física que, por diferentes motivos, passa a residir no Brasil em caráter permanente ou temporário, mas com obrigações fiscais locais. Essa situação ocorre, por exemplo, quando o indivíduo ingressa no país com visto permanente ou com visto temporário para trabalhar mediante vínculo empregatício com uma empresa brasileira.
De acordo com a legislação tributária brasileira, uma pessoa física passa a ser considerada residente fiscal no Brasil a partir da data de sua chegada ao país, caso ingresse com um visto permanente. Já no caso de visto temporário para trabalho, essa condição se aplica quando o expatriado formaliza seu contrato de trabalho com uma empresa nacional.
O status de residente fiscal implica que o expatriado deve cumprir todas as obrigações tributárias estabelecidas pela Receita Federal, incluindo a entrega da Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda. Além disso, todos os rendimentos auferidos pela pessoa física, independentemente da sua origem (Brasil ou exterior), devem ser informados à Receita Federal e estão sujeitos à tributação no Brasil.
O que pode ser tributado no caso de expatriados?
Os rendimentos recebidos por expatriados são classificados em diferentes categorias e podem estar sujeitos a regras específicas de tributação. Entre os principais pontos de atenção, se destacam:
- Remuneração recebida do exterior: Caso o expatriado receba remuneração mensal de fonte estrangeira, essa renda deve ser declarada no Brasil e está sujeita ao recolhimento mensal obrigatório por meio do Carnê-Leão. Esse imposto deve ser pago até o último dia útil do mês seguinte ao do recebimento da renda, e a alíquota aplicável varia conforme a tabela progressiva do Imposto de Renda.
- Ganho de capital: Se o expatriado realizar a venda de um imóvel, seja localizado no Brasil ou no exterior, eventuais ganhos de capital obtidos com essa transação devem ser devidamente declarados e tributados conforme a legislação brasileira.
- Outros rendimentos: Qualquer outra fonte de renda, como aluguéis, investimentos e dividendos recebidos no exterior, também precisa ser informada na declaração anual de Imposto de Renda e pode estar sujeita a tributação.
E no caso de quem sai do Brasil?
Há regras que devem ser observadas para quem sairá em caráter definitivo do Brasil. Caso você resida no exterior por 12 meses consecutivos ou mais e tenha entregue a DSDP (Declaração de saída Definitiva do País), não é necessário realizar a declaração do Imposto de Renda.
De acordo com as instruções da Receita Federal, a Declaração de Saída Definitiva do País (DSDP) é a declaração de imposto de renda que deve ser entregue à Receita Federal por quem está deixando o país em caráter definitivo, ou seja, não pretende voltar a morar no Brasil, ou por quem se enquadre na condição de não residente.
Desde 2010, a DSDP é preenchida e enviada pelo mesmo programa da Declaração de Ajuste Anual (declaração de imposto de renda normal). Se você está saindo do país ou passou à condição de não-residente, você deve seguir os seguintes passos:
- Comunicar a saída definitiva do país;
- Declarar o imposto de renda em razão da saída definitiva do país;
- Pagar o imposto de renda em quota única; e
- Avisar sua fonte pagadora para fazer a retenção do imposto de renda.
Caso não cumpra as obrigações, o que acontece ao expatriado?
O não cumprimento das obrigações fiscais por parte do expatriado pode resultar em penalidades, como multas por atraso na entrega da declaração e pagamento de impostos, além da possibilidade de autuações pela Receita Federal.
Assim, é essencial que o expatriado mantenha um acompanhamento regular de suas obrigações fiscais. Por este motivo, para você que reside ou vai residir no exterior em caráter temporário ou de forma definitiva, precisa buscar a orientação e assessoria de uma contabilidade especializada no preenchimento e entrega da declaração de imposto de renda para expatriados.
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