A representação das mulheres em espaços masculinos

Na Sala de Negócios — o podcast da Mazars —, aproveitamos a proximidade com o Dia das Mulheres para fazer um rápido panorama sobre a inserção delas em setores que, tradicionalmente, foram rotulados e ocupados predominantemente por homens.

E, para isso, tivemos uma rica conversa com a Débora Bertini, que é diretora de incorporação e vendas da MPD Engenharia. Quer saber os principais pontos discutidos nesse bate-papo? Confira, a seguir!

O setor de construção civil é mesmo um mercado masculino?

Hoje, as mulheres contemplam 38% dos cargos de liderança no país. Essa representatividade também se mostra expressiva no setor de construção civil: cerca de 20% dos profissionais do país são mulheres.

É claro que há muito chão ainda para percorrer, mas um dado relevante mostra que, entre 2007 e 2018, registrou-se um aumento de 120% no total de mulheres presentes na construção civil.

São dados assim que contribuem para o posicionamento de Débora Bertini. A diretora da MPD Engenharia destaca que o mercado está mais acessível, sim, mas que é ainda mais importante que as mulheres se posicionem como desejem — inclusive, nas áreas que desejam atuar e com base nas funções que desejem desempenhar.

Ela entende, contudo, que isso é importante para que a sociedade não espere por legislações e regulamentos específicos. Isso pode, afinal de contas, demorar uma, duas ou mais gerações para que tenhamos um pleno entendimento sobre a questão.

Portanto, quanto antes mais mulheres se posicionarem e falarem alto, quando preciso (no sentido de persistirem em se firmar onde bem quiserem), melhor para a sociedade em geral.

Quais conselhos dar às próximas gerações?

Sem a necessidade de envolver aspectos legais ou políticos na discussão, Débora acredita que o posicionamento individual é poderosíssimo. E é algo que ela faz questão de pontuar para outras mulheres que tentam se inserir no mercado e em cargos de liderança.

Para isso, ela destaca dois conselhos valiosos:

  • Acredite que você pode alcançar os seus objetivos;
  • Olhe a longo prazo.

Ela insiste que, individualmente, todas devem se posicionar e evitar injustiças de todo tipo. O caminho não é fácil, mas já foi trilhado por outras mulheres. Então, elas também conseguem, e isso apenas é fortalecido quando mais pessoas também acreditam em si e se apoiam e inspiram em outras mulheres também.

Também é hora de abandonar os paradigmas de que mulheres devem negligenciar os seus objetivos com as mudanças impactantes da vida (como a maternidade). Como reforço, ela lembra que nada disso é simples ou fácil, mas que pode ser trilhado para que elas preservem suas individualidades e sonhos assim como fazem os homens diante dessas transformações.

O assunto, inclusive, rende assuntos diversos que podem ser de grande valia para inspirar mais mulheres e conscientizar mais pessoas, no geral, sobre o assunto. Por isso, convidamos você a descobrir mais sobre as valiosas contribuições de Débora Bertini para este episódio do Sala de Negócios. Basta conferir abaixo para ouvir o episódio na íntegra!

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