Auditoria de nuvem: os novos riscos e como superá-los

A migração para a nuvem revolucionou a forma como empresas armazenam, processam e compartilham informações. Com essa transformação, veio também um novo conjunto de riscos que desafiam os modelos tradicionais de auditoria de TI. Controles físicos deram lugar a configurações dinâmicas, e a responsabilidade pela segurança agora é compartilhada entre cliente e provedor, exigindo abordagens mais técnicas e colaborativas. 

Auditar um ambiente em nuvem significa entender um ecossistema distribuído, onde a responsabilidade é compartilhada e a segurança depende tanto de configurações técnicas quanto de governança

Principais riscos observados 

Os riscos mais comuns incluem configurações incorretas (misconfigurations), falhas em segregação de acessos com permissionamentos deficientes, dependência de terceiros, falhas de criptografia e ausência de trilhas de auditoria completas ou mesmo logs inconsistentes.

Além disso, o modelo “as a service” exige que auditores compreendam não apenas a infraestrutura técnica, mas também a governança de contratos, SLA’s (acordos de nível de serviço) e compliance com normas como ISO 27017 e 27018. Esses riscos impactam diretamente a confidencialidade, integridade e disponibilidade das informações críticas da organização. 

Como estruturar uma auditoria de nuvem eficaz 

  • Avaliar a maturidade do ambiente segundo frameworks como NIST CSF 2.0, ISO 27017 e COBIT 2019
  • Mapear responsabilidades compartilhadas em contratos e SLA’s
  • Verificar controles de identidade e acesso (IAM, MFA, RBAC); 
  • Testar processos de gestão de mudanças e incidentes em pipelines DevOps

Benefícios de uma abordagem estruturada 

Empresas que tratam a auditoria de nuvem como parte da governança contínua conquistam maior resiliência, previsibilidade e conformidade. Além de atender reguladores como o Banco Central (Res. 4893/21 e 4966/21), demonstram maturidade tecnológica e confiança perante o mercado. 

Conclusão 

Realizar auditoria de nuvem não é apenas uma questão técnica, mas estratégica. Organizações que dominam seus riscos e controles digitais estarão mais bem posicionadas para inovar com segurança e confiança. 

A auditoria de nuvem é mais do que validar controles, mas compreender um ecossistema dinâmico e interdependente. Organizações que estruturarem sua governança digital hoje estarão mais preparadas para os desafios de amanhã. 


Na Forvis Mazars, dispomos de uma equipe especializada e dedicada à auditoria em ambientes em nuvem, inclusive com a estruturação de Planos de Continuidade de Negócios, alinhados com os aspectos da ISO 22301 e com os desafios modernos trazidos por ambientes cloud.

Nosso objetivo central é diagnosticar os processos críticos (incluindo os que operam em infraestruturas em nuvem) versus o nível de maturidade da organização em continuidade de negócios, avaliar riscos e vulnerabilidades, definir estratégias e planos de recuperação, estabelecer governança, planejar testes e capacitar as equipes. 

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